quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Arrepio II


Não se desenha um corpo
com as marcas que hão nele...
nem se delimita o corpo
com os traços que hão nele.

O corpo é uma obra de arte,
um desafio ao olhar do artista,
um mergulhar na sensibilidade
que há intrínseco em seu poema.

O corpo tem sua métrica
seu tempo e também seu ritmo,
não se pode desenhá-lo
se não se obedece esse mecanismo.

Para desenhar o corpo,
o corpo de uma mulher principalmente,
há de se olhar-se dentro dele,
ou melhor quem está por trás dele

a mulher que nele existe
com toda forma e compasso,
para só daí entendê-la claro
descobri-la e depois amá-la.

Arrepio.

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