segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Rainy Day

Dia de chuva, meu amor
esperemos mais um pouco
que o céu se pinta de aço
e a chuva ácida nos fere
ainda que um pouco.

Dia de inverno, manhã fria...
A água pelos esgotos
carregada de cinzas
fere as lembranças que temos
das paixões de outrora
em sintonia.

A chuva na cidade fere, meu amor...
não te precipites ao abismo.
Deixa calado ao peito triste
a saudade que tens quando estás comigo.

Fixa-te um pouco ao seio aberto
que te outorga o sangue da ferida minha.
Deixa que o calor aqueça os versos
que tu querias ouvir alegre...

mas se achas que o sol não sai,
fecha os olhos e me abraça forte,
tal aquelas estátuas que vês a longe
perto de uma loja no final da rua...
queda-te sereno e calmo
que é só um espetáculo esta chuva
e a solidão o enredo mágico.

Fiquemos um pouco, meu amor

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O tempo e os rastros (Monólogo em versos)

O TEMPO E OS RASTROS (Há uma senhora sentada, olhando para a plateia. Ela quer nos dizer algo, mas tem dúvida de como fazê-lo, plane...