segunda-feira, 25 de julho de 2011

As nuvens


As nuvens levaram

Meu esplendor de menina,

Meus sonhos antigos de menina,

Minha voz de menina...


As nuvens sobrevoaram

Por minha forma franzina

Passaram por minha casa

Meu telhado, minha cama pequena.


As nuvens se desenharam

Trágicas e anêmicas

De um branco anêmico

De minha infância anêmica.


As nuvens se juntaram

Em cristais de vento esparso

Povoaram espaços que

Sem eu saber, estavam vazios.


As nuvens se desenharam

Em formas complexas

De uma vontade louca

De te ter aqui.


As nuvens passaram, se foram...

Levaram meu jeito de menina

Minha voz de menina

Meu amar de menina, Sophya.

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