Bem, pela primeira vez me sinto incapaz de versificar uma fotografia. Na verdade, há outra que hei de por aqui embaixo, pero quero reter-me a esta. Pra falar a verdade, muitos já perceberam que eu escrevo usando de imagens sempre, e, de vez em quando, há algumas que são desafiadoras. Essa é uma delas. José Ferreira explora o motivo da praia de uma maneira tão exemplar que, nele, eu poderia rememorar desde o tema do nascimento de Afrodite, até o Ismenia de Alphonsus Guimarãens. A pose da modelo carrega uma sensualidade que eu chamaria de sensualidade incômoda, pois que não sabemos se a pose exprime dor, prazer, desejo, nostalgia. Além do destaque a um mar agita e onipresente, que envolve a modelo. Cor também junto com o relevo das ondas cria um estado de tensão que faz o observador entrar num estado de suspense. Afrodite nasceu ou Ismênia se jogou ao mar? Maravilha, essa foto não precisa de poema.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O tempo e os rastros (Monólogo em versos)
O TEMPO E OS RASTROS (Há uma senhora sentada, olhando para a plateia. Ela quer nos dizer algo, mas tem dúvida de como fazê-lo, plane...
-
Quando voltei a ti portas adentro já estava eu velho e cansado o semblante tombou ao descuidado o sorriso foi-se ao sofrimento. ...
-
Traduzir-se Eu só acredito que passei uma mensagem quando a traduzo na linguagem do meu corpo. Por isso muitas vezes me desenho em figur...
Nenhum comentário:
Postar um comentário