Quando voltaste pra mim portas adentro,
ao longe vi tua silhueta pela ventana.
Confesso que o peito pulsou e eu tive ganas
de abraçar-te e levar-te para dentro.
"Mas que é isso!" pensei febril, humana...
Por que teus anseios ainda me comovem
por que teus versos em mim se não dissolvem,
mas perduram nesta emoção assim insana?
Tive vontade, sim, eu sei e confesso.
Mas em meu poema não cabe teu verso
e minha vida sem ti mudou de centro.
Então te recebi serena, mas fria
e te presenteei esta última poesia
quando voltaste pra mim portas adentro.
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