segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A morte de Sardanápalos

A Morte de Sardanápalos - Eugenie Delacroix
Mil imagens compõem a morte.
Neste caso, uma despedida;
deixar lá atrás algum reflexo
dessas imágens já antigas
como se no último suspiro
a memória que existe ainda
se desdobrasse em mil camadas
para ser, assim, percebida.

O demais, de resto, se sabe:
um gosto de sangue e de orgia,
um embate sem resistência
com tantas memórias perdidas,
talvez um pouco de coragem
que resultasse do delírio,
mas, enfim, uma coisa certa,
do teatro que foi sua vida
a arte refez as imagens
do fechamento das cortinas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O tempo e os rastros (Monólogo em versos)

O TEMPO E OS RASTROS (Há uma senhora sentada, olhando para a plateia. Ela quer nos dizer algo, mas tem dúvida de como fazê-lo, plane...