Eu estava hoje na estação à espera do próximo trem e, por mera casualidade, sentei-me ao lado de uma mãe que estava a falar com o seu filhinho que deveria ter entre seus quatro/cinco anos. Bem, do outro lado da estação, ou melhor, entre uma carreira de trilhos e outra, há umas placas que são usadas para colar propagadas; e numa delas havia um anúncio de um produto de limpeza. Como é de se esperar e do gênero, o banner apresentava a foto de uma garrafa do produto dentro da água, e é claro, uma água limpíssima. Só que como já há um bom tempo que ninguém troca esse papel, ele se desgastou num dos cantos, dando-lhe um aspecto mais esbranquiçado na área. Ao ver isso, o menino perguntou se aquilo no canto da placa era sujeira ou era cuspe. De início a mãe não soube identificar o que era que a criança estava apontando; ficou perguntando o que era, onde, e só depois soube que era da placa que estava-se falando. Feita a identificação do objeto, a mãe, muito calmamente, diz:
-Meu filho, aquilo é só um papel velho. Não é cuspe não, cuspe só sai da boca... e não é cuspe que se diz, é saliva.
-Como, mãe? - Pergunta o menino
-Saliva, meu filho, sa-li-va...
-Mas o que é isso, mãe?
Então a mãe perde a paciência e diz:
-Oh, menino, deixa de encher saco! Saliva é cuspe!!!
Então meu trem chegou.
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