Hei de cantar-te,
calma e serena.
junto as ondas
que são tão belas,
um cantar d’amigo
pra que venhas logo,
pra que venhas logo.
Um cantar tão doce
pra que não recordes
d’outras donzelas
de por onde fores,
e de por onde estás
pra que venhas logo,
pra que venhas logo.
Hei de cantar-te
mirando a luna,
os olhos chorando,
de saudades tuas
que se derramam
pra que venhas logo,
pra que venhas logo.
Hei de tocar
com a viola na mão,
estes versos tristes
tal como estão
um cantar entonado
pra que venhas logo,
pra que venhas logo.
Ai, dunas da ribeira
dos verdes campos,
se alguma coisa dizeis
do meu amado
que hei de fazer
pra que venhas logo,
pra que venhas logo?
Que a velhice come
minha mocidade,
meu brilho na face
perco minha idade
em rezas e jejum
pra que venhas logo,
pra que venhas logo.
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