Como eu soube mais tarde,
esta noite morreu a rosa.
A rosinha que encantava
o jardim de Venturosa.
Morreu a rosa, coitadinha.
Nem seu cheiro nos deixou.
Nem lembrança, pois ela
é nada mais que uma flor.
E é das flores murcharem,
sua lembrança é das muitas
outras que vem e que passam
adornando o aroma dissoluto.
Mas se foi, a pobre rosinha,
não podia ser eterna...
iria murchar a coitadinha
caindo pétala por pétala.
E hoje eu passo, passo, passo:
Sou moça, bonita, e que importa?
Amanhã eu serei velha, velhinha.
Mas será que um dia eu
poderei dizer encostada ao canto.
Hoje eu sou talo
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