Eu bem sabia que tinhas a dança
quando em pose sorrias na varanda
quando em gestos esperavas uma rosa...
Rosinha, eu sabia que bailavas.
Com a mesma leveza com que sentias
o frio no degrau das escadas,
quando tremendo ao vento te aquecias,
tuas mãos ágeis já compassavam.
E compassavam, Rosinha, com o corpo
que aos poucos, todo se enlaçava,
em vultos de ardentes carícias
sobre as camas de lençóis de holanda.
Eu sabia, Rosinha, eu sabia que dançavas!
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