As nuvens levaram
Meu esplendor de menina,
Meus sonhos antigos de menina,
Minha voz de menina...
As nuvens sobrevoaram
Por minha forma franzina
Passaram por minha casa
Meu telhado, minha cama pequena.
As nuvens se desenharam
Trágicas e anêmicas
De um branco anêmico
De minha infância anêmica.
As nuvens se juntaram
Em cristais de vento esparso
Povoaram espaços que
Sem eu saber, estavam vazios.
As nuvens se desenharam
Em formas complexas
De uma vontade louca
De te ter aqui.
As nuvens passaram, se foram...
Levaram meu jeito de menina
Minha voz de menina
Meu amar de menina, Sophya.
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