Calada na escuridão de minhas horas
faço correr por mim a agonia do tempo.
Nem sei mais se em algum momento
meu ser sorriu, dançou, ou foi feliz.
Sei apenas que, sozinha na escuridão
tremenda agonia, horrenda face...
meu coração quis gritar de dor e desespero.
Vieram lágrimas ao rosto.
A acústica da parede do quarto reprimiu
com sua dureza imóvel as dores mais íntimas.
Silenciou num pequeno espaço de si mesma
a beleza de um poema triste que daria uma fotografia.
Fotografando-se a si mesma
até a pior das dores tem seu melhor poema
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