segunda-feira, 7 de junho de 2010

Tu não me esqueças


Tu nunca me esqueças, nunca...

O Palco esvaziou, a bailarina parou
o noivo não veio, a dança cansou!
Não se acenderam as luzes, as cortinas
se fecharam muito rápido, o espetáculo
perdeu o brilho e o sentido... o tempo parou!

E tudo ficou tão vazio, tão sozinho, sem luz!
Nossa música parece ter parado...sumido...
todas as formas se perderam, a dança parou
o brilho parou, o som se calou e tudo se foi...
Onde estarás tu agora, estarás a buscar-me?

Que se deu do nosso cortejo, de nossa alegria?
Que se deu do desejo que nos unia a estarmos juntos
e nada abalava, e nada tremia e tudo durava pra sempre?
Perdemos a hora, o sonho se foi, a noite cessou
o dia acordou e o sol nos queimou? Onde estás agora?

Perdes-te a carteira, o dinheiro da vinda, o ânimo teu?
Não, querido, tu não me deixas-te assim, não é possível!
Se tua boaca me anseia, tua mente me chama e corpo também!
Se os braços abraças, as linguas se tocam, o beijo aflora
sem medo ou pudor. Sei que vens por ai sem demora.

Mas estás a tardar... onde estás que não te vejo?
Esqueceste de hoje, do horário marcado e do encontro também?
Não... ha de ser algum problema grave, que não me contas...
mas por que não contas? Onde estás tu, querido!!!
Perdeu-se o brilho do teatro, do palco, da música, da dança...

Mas sei que vens por ai... eu sei que vens, repito!!!
E eu te espero ansiosa, medrosa e fragil, como uma flor que colhes...
mas não jogarás fora jamais!

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